O melhor XI de 2015-16

Após o final da temporada, a discussão em torno sobre os melhores do ano é frequente, sendo que, se alguns já andam nisto há alguns anos, outros acabaram por superar as expectativas. Deste modo, tendo em conta o rendimento individual e colectivo, o VM apresenta aquele que foi o melhor 11 da época 2015-16:

Oblak (Atlético Madrid) – País periférico, guarda-redes de top mundial. Jan Oblak apresentou a sua melhor versão na temporada 2015/2016 e o baú das potencialidades deu lugar a uma arca de créditos firmados. Reflexos apuradíssimos, grande segurança na horizontalidade dos 7,32 metros e uma serenidade invulgar para a idade. Simeone confiou-lhe a baliza do Atlético durante 51 ocasiões e o último homem colchonero concedeu somente 26 tentos.

Lahm (Bayern Munique) – Radicado em Munique, Philipp Lahm demonstrou que o elevado QI futebolístico se mantém intacto. Fazendo uso de régua e esquadro para executar o mais assertivo dos passes e do retrovisor para proteger a bola como poucos, o versátil executante comporta-se como se por si a idade não passasse. Apenas um golo, mas muita influência nas manobras ofensivas e defensivas dos bávaros. Se queres que o teu segredo seja guardado, conta-o a Lahm.

Bonucci (Juventus) – Pegou de estaca nos bianconeri desde que chegou a Turim em 10/11, proveniente do Bari. Somente por uma ocasião não ultrapassou a fasquia dos 40 jogos e, nos últimos tempos, tem visto as suas qualidades reconhecidas pelos intervenientes mais conhecedores da modalidade futebolística. Afoito, forte no jogo aéreo, Bonucci é um verdadeiro conciliador dentro das quatro linhas.

Godín (Atlético Madrid) – Longe da bota europeia defensiva dos últimos dois anos, Diego Godín rubricou mais uma temporada de nível fantástico. Um florilégio de boas performances no último reduto já o consagraram como um dos melhores centrais da história do Atleti, numa relação umbilical com Diego Simeone. Um portento de força, um líder na verdadeira aceção da palavra!

Marcelo (Real Madrid) – De malabarismo em malabarismo, Marcelo representa o escol fantasista dos laterais canhotos da atualidade. Recursos técnicos inesgotáveis, capacidade para romper da esquerda para o centro e uma capacidade defensiva que não é perfeita mas tem sido melhorada gradualmente. O típico canarinho de riso fácil ajudou sobremaneira a mais uma conquista europeia do Real Madrid.

Kanté (Leicester) – Contrastando por completo o nome que os progenitores um dia, eventualmente, esperaram que seguisse o sentido literal de um verdadeiro finalizador, N’Golo foi uma das maiores surpresas da temporada. Ranieri já desvendou que as pilhas são, de facto, Duracell e os pulmões do médio parecem ultrapassar o duplo número convencional. Um operário em forma de jogador, com grande capacidade de recuperação e uma das principais armas do inusitado campeonato do Leicester City. Segue-se o Europeu.

Paul Pogba (Juventus) – Um golden boy a provar todo o seu talento ano após ano. Características físicas invulgares (191 cm e 86 kg) não lhe colocam um travão numa capacidade técnica extramundana, fornecendo material mais que suficiente para enriquecer em forma de skill os arquivos audiovisuais do Youtube. Ingredientes que o tornam o médio – de cada vez melhor relação com as redes - num dos mais cobiçados a nível mundial.

Mkhitaryan (Dortmund) – O jogador do Borussia Dortmund realizou, provavelmente, a melhor época da carreira. Nunca havia jogado tanto (52 partidas), só por uma ocasião marcou mais (29, em 12/13 ao serviço do Shaktar contra os 23 de 15/16) e assistiu de forma sensacional (32 vezes). Com um lugar reservado na história do futebol arménio, o médio criativo notabiliza-se pela inteligência no seu jogo, capacidade técnica e uma veia goleadora de realce.

Messi (Barcelona) – Humana. Eis o alienígena vocábulo caracterizador da temporada de Lionel Andrés Messi. Foi ‘apenas’ a sexta melhor temporada do argentino no que diz respeito ao número de golos marcados (41G) e a sétima em termos de utilização (49J). Apesar de fora da nave, o número 10 fez do contacto com a bola um autêntico regabofe para o seu pé esquerdo e um sentimento refrigerante para os aficionados futebolísticos. Habemus, Lionel.

Cristiano Ronaldo (Real Madrid) – parecendo perdido (coletivamente) durante o período incipiente, o ano desportivo de CR7 terminou no pedestal - europeu here we go. A "banalidade" da meia centena de golos foi novamente ultrapassada, em apenas 48 jogos, e a terceira Champions vem abrilhantar ainda mais o CV. O estatuto de 'lamborghini' do plantel pode estar a ser perdido, mas a kalashnikov não transluz sinais de descalibrar.

Luis Suárez (Barcelona) – Uma época em ‘modo Fifa’ de Luís (Golo) Suárez. Pela segunda vez na carreira, o uruguaio deu vantagem ao cruzar de rede no binómio número de jogos – tentos apontados (59G em 53J). Aos 29 anos, o jogador dos blaugrana atravessa a melhor fase em termos de experiência profissional e o papel (que muitos viam como) secundário no trio de ataque foi esta temporada virado do avesso.

Visão do do Leitor (perceba melhor como pode colaborar com o VM aqui!): Renato Santarém

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