As 10 Melhores transferências da época em Portugal

Chegados ao fim de (mais) uma grande temporada futebolística, é hora de analisar o desempenho dos principais intervenientes: os jogadores. Num ano marcado por revelações, confirmações e erros de “casting”, também houve espaço para boas contratações, jogadores que, pelo que demonstraram ao longo do ano, justificaram o dinheiro em si investido. Assim sendo, estas foram as 10 melhores transferências no campeonato português em 2015/16 para o Visão de Mercado:

Bryan Ruiz (Sporting) – A fragrância do futebol do costa-riquenho ajudou sobremaneira os leões na boa campanha no campeonato nacional. O desejo de Jesus já era antigo e os pontos de interrogação celeremente vestiram a capa exclamatória. Ruiz mostrou o caminho a seguir na saída de cabines telefónicas, fez dos movimentos interiores uma constante e deu uma “perninha” a Slimani quando solicitado. Acaba a época com pouco enriquecimento no palmarés – e  um nightmare encarnado - mas com a certeza que foi um dos dínamos mais importantes do vice-líder. Craque? Sem dúvida!

Mitroglou (Benfica) – Das poucas vitórias encarnadas sobre o arquirrival na fase propedêutica da temporada. Chegou a duvidar-se da conivência com Jonas, mas o grego de ‘barba rija’ formou com o carioca uma dupla temível para os oponentes (mais de meia centena de golos no campeonato). O agnome passou gradualmente a ‘Mitrogolo’ e o Benfica assegurou em definitivo os seus préstimos. Fez de Charisteas no triunfo frente ao Sporting e fechou a boca dos críticos a “vinte” chaves.

Danilo Pereira (FC Porto) – Chegou do Marítimo e rapidamente se impôs no elenco azul e branco. Dono de uma estampa física invejável, o médio de 24 anos só falhou uma partida no Campeonato Nacional, assumindo-se como um dos poucos destaques positivos no Dragão. Recuou para o setor mais recuado quando necessário, mas foi em posição adjacente que mostrou fibra belicosa às armadas visitantes. Com skills defensivos e ofensivos, o médio vai muito provavelmente lutar com William pela titularidade do Euro.

Layún (FC Porto) – Dada a desvigorosa temporada dos azuis e brancos, a referência quase podia ser (lay)única ao lateral esquerdo. Sem concorrente portista à altura no capítulo de assistências para golo – assumiu brilhantemente o papel de ladrão “que fica à porta” -, Miguel guarneceu um setor onde a herança era pesada. Já se sabe que o folhear dos próximos capítulos será em solo nortenho. O Porto agradece, os amantes da precisão idem.

Walter (Arouca) – Ingressou no plantel arouquense na reta complementar do campeonato, mas ainda a tempo de figurar nas melhores contratações da temporada. O jovem paraguaio bisou contra o Porto – o primeiro tento quando ainda alguns não tinham disparado a primeira selfie - e contra o Nacional. Acaba com uma média interessante (7 golos em 16 partidas, no campeonato) e com contributo recrudescido na boa campanha da formação de Lito Vidigal. 

Coates (Sporting) – Chegou e (não) pegou de estaca. O uruguaio acrescentou valências defensivas e ofensivas – melhorou muito a saída de bola do clube leonino, que já activou a cláusula para o ter mais uma época por empréstimo. Poderoso fisicamente, intratável em quase todas as ações, deixou grandes indicações nos relvados lusos. Aos 25 anos, o central ainda procura a aproximação da carreira de topo que, em tempos, lhe auguravam.

Stojijlkovic (Sp. Braga) – Feroz concorrência na frente de ataque (Rui Fonte, Hassan, Crislan) dos bracarenses não atemorizou o sérvio, que findou o ano desportivo com uma marca próxima dos 20 golos. Competente no seu habitat natural, o jogador que ainda não havia conhecido equipas além-país natal somou mais de 3000 minutos – repartidos por 52 jogos. 

Nathan (Tondela) – Que segunda metade de época do canarinho! O atacante, que já perseguiu um punhado de campeonatos periféricos, ganhou nova vida com Petit e logrou 12 tentos desde janeiro (todos com o novo técnico ao leme da equipa). Aliando velocidade a boa capacidade técnica para destronar os últimos redutos contrários, Nathan fica umbilicalmente ligado ao super photo finish do Tondela. Um adjetivo: decisivo.

Salvador Agra (Nacional) – Numa época de frouxo registo, o Nacional encontrou num Salvador de baixa gravidade um dos principais esteios. Agra assumiu forte comprometimento com as redes contrárias – superou, de longe, o seu melhor registo – e ainda vestiu a capa de ator secundário em várias ocasiões – um dos melhores assistentes da liga. 166cm que não impedem o jovem extremo de levitar. 

Ricardo Ferreira (Sp. Braga) - Em tempos por terras transalpinas, o sub-23 formado no Porto atingiu finalmente uma época de bom nível. Jogou como nunca - no conjunto das temporadas como sénior ainda não havia atingido os 30 jogos - e deu estabilidade à defensiva minhota. Com potencial para garimpar, há quem ainda acredite  num combate ascensional com a fita métrica.

Visão do Leitor (perceba melhor como pode colaborar com o VM aqui!): Renato Santarém

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