Inverter o passado com um dos melhores avançados centro da Europa

A Polónia encara a sua terceira participação num Europeu (e a terceira consecutiva) com boas expectativas, fruto de uma fase de qualificação positiva na qual a equipa ficou somente a um ponto da actual campeão do mundo, a Alemanha. Os polacos, que viveram a sua época dourada no futebol na década de 70 e princípio da de 80 do século passado (altura em que conquistaram o ouro nos Jogos Olímpicos de 72, a prata em 76 e ficaram em terceiro nos mundiais de 74 e de 82), já não superam a fase de grupos de um Europeu ou de um Mundial desde 1986, e olham para o torneio de França com a esperança de mudar essa dinâmica negativa. Com efeito, desde a chegada do antigo internacional Adam Nawalka ao comando técnico em Outubro de 2013, os resultados são claramente satisfatórias, com a seleção, que vinha de uma fraca fase de apuramento que a havia deixado de fora do Brasil'2014 (somente com mais 2 pontos que a Moldávia, por exemplo), a perder somente 3 dos 22 encontros disputados sob o comando de Nawalka, tendo mesmo ganho a várias equipas que estarão no europeu, como a Alemanha, a República da Irlanda, a Islândia ou a República Checa. Assim, inserida no grupo C, com Alemanha, Ucrânia e a Irlanda do Norte, para a Polónia, que conta com jogadores que actuam em clubes importantes como o Dortmund, o Sevilha, a Roma, a Fiorentina ou o Bayern Munique, será essencial vencer o primeiro jogo frente à teoricamente mais fraca Irlanda do Norte para, desde logo, colocar-se em boa posição para garantir um feito inédito a nível de europeus e superar a fase de grupos (recorde-se que, para além do primeiro e do segundo de cada grupo, passam também os 4 melhores terceiros classificados).

A estrela  - Lewandowski: O avançado do Bayern foi o melhor marcador da fase de qualificação (13 golos em 10 jogos) e é claramente um dos melhores avançados centro presentes na prova (a Polónia é mesmo das poucas seleções que conta com um ponta-de-lança goleador). Aos 27 anos vive a melhor fase da sua carreira em termos de finalização (41 golos no clube em 49 jogos), sendo que uma boa prestação da Polónia neste Europeu passará muito por aquilo que "Bobek" conseguirá fazer.

11 tipo - GR: Fabianski DD: Piszczek DC: Szukala DC: Glik DE: Rybus MC: Krychowiak MC: Mączyński ED: Błaszczykowski EE: Grosicki AV: Milik AV: Lewandowski

Jogadores Chave - Glik (Central, Torino, 28 anos): O capitão do Torino é um defesa com muita presença, contundência e capacidade no jogo aéreo. Passou 2 anos pelo Real Madrid C quando era muito jovem, mas foi em Itália, país onde joga desde os 21 anos, que se consolidou como futebolista; Krychowiak (Médio-Defensivo, Sevilha, 26 anos): Um dos melhores jogadores da sua posição nas 2 últimas épocas. Em boa hora Monchi contratou-o ao Stade Reims, de França, país no qual fez toda a carreira profissional. Com excelente sentido posicional e boa capacidade de roubo de bola, é ainda relativamente hábil com a bola, não sendo nenhum "tosco". Um bom europeu poderia fazê-lo subir mais um degrau na carreira, ingressando num clube ainda mais importante; Piszczek (Lateral-Direito, Borussia Dortmund, 30 anos): Um dos jogadores mais experientes da selecção polaca. Com mais de 200 jogos disputados na Bundesliga, competição que venceu por 2 vezes, o lateral do Dortmund é há 6 épocas consecutivas o dono do lado direito da defesa do clube, sempre com bom rendimento. O seu entendimento com Kuba e Lewandowski é muitas vezes uma arma a utilizar pelos polacos.

Jovem a seguir - Milik (Avançado, Ajax, 22 anos) - Se os golos são um bom cartão de visita num avançado, então Milik apresenta excelentes credenciais. Nas duas últimas épocas, marcou 47 golos pelo Ajax, o que o torna mesmo num dos mais profícuos goleadores da Europa. Já apontado a campeonatos de maior nível competitivo, pode ter neste Euro uma montra privilegiada para mostrar as suas capacidades.

Prognóstico do VM - Oitavos-de-Final

Etiquetas: ,