Na teoria, a pior selecção no Euro'2016

E do nada, os norte-irlandeses garantiram a 1ª presença num Campeonato da Europa. Depois de campanhas decepcionantes nas várias fases de apuramentos, onde se destaca a do Mundial 2014 (apenas 1 vitória e 4 empates, num grupo que contava com Luxemburgo e Azerbaijão), a Irlanda do Norte garantiu um surpreendente 1.º lugar no grupo F, beneficiando da tragédia grega que teve como 1.º mentor Ranieri (último lugar, atrás das Ilhas Faroé) e de uma entrada forte na qualificação. Os norte-irlandeses, treinados desde Dezembro de 2011 por Michael O´Neill (tem no currículo duas conquistas na liga irlandesa, ao serviço do Shamrock Rovers) tiveram uma entrada bastante forte na qualificação para o Euro. As vitórias na Hungria e Grécia, bem como na recepção às Ilhas Faroe, empurraram os norte-irlandeses para a liderança do grupo F, que só perderam por pouco tempo, após a derrota na Roménia (única na qualificação). Kyle Lafferty recuperou a sua veia goleadora (7 golos), ele que tinha apenas marcado apenas 5 golos nos seus clubes desde o Verão de 2014 (44 jogos, entre Norwich City, Rizespor e Birmigham City) e foi a grande arma dos norte-irlandeses na fase de qualificação. Com um grupo de jogadores "made in" Premier League, Championship e Liga Escocesa, Michael O´Neill conseguiu formar uma equipa equilibrada, versátil e bastante forte nas bolas paradas. O seleccionador poderá optar mesmo pelo 3-5-2 no Europeu, ao contrário do 4-2-3-1 utilizado na fase de apuramento, para tentar contrariar o maior poderio dos adversários. Contudo, a tarefa dos norte-irlandeses não será nada fácil. Inseridos no grupo C, juntamente com Alemanha, Ucrânia e Polónia, o "green and white army", que na teoria conta com o pior elenco no Euro'2016, vai ter de se superar ainda mais, para conquistar uma vaga nos oitavos-de-final da competição. Michael O´Neill já conseguiu um improvável apuramento, pelo que o sonho norte-irlandês, em princípio, vai ficar-se pela fase de grupos.

A estrela - Kyle Lafferty - O avançado norte-irlandês está longe da sua melhor forma a nível de clubes, mas qual Podolski, é ao serviço da selecção que mais se destaca. Os 7 golos na fase de qualificação ficam ligados à melhor prestação da Irlanda do Norte em 30 anos, num jogador com características interessantes - 1.93 metros de altura e qualidade de remate com ambos os pés. 

XI Tipo - GR: M. McGovern DD: C. McLaughlin DC: C. Cathcart DC: J. Evans DE: G. McAuley MD: O. Norwood MC: S. Davis MC: C. Baird ME: C. Brunt AV: J. Ward AV: K. Lafferty

Jogadores Chave - Steven Davis (Médio Centro, Southampton, 31 anos): O médio dos Saints é o capitão desta surpreendente selecção e o jogador que comanda todas as operações a meio campo, contando com grande experiência no futebol britânico (quase 500 jogos desde 2004); Jonny Evans (Defesa Central, West Brom, 28 anos): Conta no currículo com três campeonatos ingleses conquistados pelo United, mas trocou os red devils pelo WBA no último Verão. Apesar de ter sido um passo atrás na carreira, tal como acontece com muitos jogadores britânicos, poderá aumentar o nível fora de um dos gigantes da Premier League; Chris Brunt (Defesa/Médio, West Brom, 31 anos): Um dos elementos mais versáteis da Irlanda do Norte. Tanto pode jogar a defesa esquerdo (onde fez grande parte da qualificação), como a médio centro/esquerdo. Uma coisa é inegável - Brunt é dono de um pé esquerdo potente e a sua qualidade nas bolas paradas é um mais valia para a Irlanda do Norte. 

Jovem a seguir - Paddy McNair (Defesa, Manchester United, 21 anos) - As referências norte-irlandesas são escassas, então em tenra idade, muito mais. O defesa lateral/central surge como maior destaque da juventude da Irlanda do Norte, depois de ter subido à primeira equipa do United em 2014 (já realizou 24 jogos na Premier League) e é a grande esperança para liderar a defensiva norte-irlandesa num futuro próximo.

Prognóstico do VM - Fase de grupos

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