Saiu Lopetegui, regressaram as vitórias; FC Porto teve vida fácil no Bessa; Corona resolveu, Aboubakar regressou aos golos, Herrera desbloqueou; Brahimi e Danilo foram os principais destaques

Boavista 0-5 FC Porto (Herrera 12', Corona 62', Aboubakar 72' e 81' e Danilo Pereira 90+3')

Tudo perfeito para os dragões: Rui Barros só ganha; e até Aboubakar voltou a marcar; O FC Porto vinha de 3 desaires consecutivos, e de uma semana que fica marcada pelo despedimento de Lopetegui, mas suavizou a crise ao golear, até com relativa facilidade, o Boavista, por 5-0. Rui Barros, que continua assim 100% vitorioso no comando técnico dos azuis (já tinha vencido a Supertaça e 2 amigáveis em Agosto de 2006), nem alterou a base que vinha a ser utilizada por Lopetegui, mas os azuis e brancos, também ajudados com o golo madrugador de Herrera, demonstraram uma maior fluidez de jogo e principalmente pareceram menos pressionados; Herrera abriu o activo com um belo golo, Corona, na fase em que os axadrezados estiveram melhor, sentenciou com um golaço e depois apareceu Aboubakar, que até tinha estado perdulário, para consumar a goleada; No conjunto de Sanchéz, que perdeu 2 jogadores por lesão ainda na 1.ª parte, Luisinho foi o principal destaque; Num dérbi, o 105.º entre os dois rivais para o campeonato que, além de ser uma espécie de Round 1 - já que as duas equipas voltam a defrontar-se para a Taça na quarta-feita - fica marcado pelos desacatos nas bancadas.

Quanto ao encontro, Rui Barros apostou no 11 mais habitual, com Danilo, André e Herrera no meio campo e o trio Brahimi, Corona e Aboubakar na frente, e desde cedo que teve pouca história. O FC Porto entrou bem e, sem surpresa, aos 11 minutos já vencia. André André fez um passe para as costas da defesa e Herrera, após uma excelente recepção, finalizou à meia volta com qualidade. Pouco depois foram Corona e Brahimi a tentar o golo, mas Gideão negou, enquanto que Aboubakar, perto do final da primeira parte, desperdiçou clamorosamente a um metro da linha de golo. Já os da casa, que perderam Henrique e Tengarrinha por lesão ainda na 1.ª parte, não conseguiam incomodar Casillas. No segundo tempo, o Boavista tentou surpreender, mas foi Aboubakar a dar o primeiro aviso (voltou a defender Gideão), tendo Herrera disparado por cima na recarga. Os axadrezados tentavam o golo, mas sem sucesso, tendo Corona, num brilhante lance individual, feito o 2-0 e sentenciado o encontro. Depois foi Brahimi a permitir nova intervenção do guardião adversário, mas esta ainda viria a ser a noite de Aboubakar. O dianteiro dos dragões bisou (marcou aos 72' e 81' minutos), aproveitando um cruzamento de Layún e outro de Danilo, regressando assim aos golos. Até final, registo para mais uma oportunidade para Maxi Pereira (Gideão parou o lance), para o regresso de Imbula e para novo golo, desta vez apontado por Danilo na sequência de um canto (excelente toque de calcanhar).

Destaques

Boavista - Equipa na senda de Petit (o cenário parece igual com Sánchez), com dificuldades a circular, a criar no último terço e a basear grande parte do seu jogo no pontapé na frente e na expectativa de uma bola parada para resolver o jogo. Os panteras até entraram com alguma pressão, acutilantes na recuperação e a direccionar grande parte do seu jogo para Uchebo, mas depois do golo de Herrera foram obrigados a subir as linhas, o que naturalmente trouxe dificuldades a uma equipa que não está orientada para isso. Individualmente, Luisinho foi a nota mais da equipa (o mais inconformado, tendo ganho algumas faltas perto da área do Porto), Gideão foi adiando a goleada e Anderson Carvalho impedindo os médios do Porto de furar o bloco. Ainda assim, prevê-se que o campeonato não seja fácil para os Axadrezados (que estão actualmente no penúltimo lugar), algo que parece agudizado pela saída de alguns jogadores e pela dificuldade de ir ao mercado.

FC Porto - Era difícil pedir uma melhor resposta a Rui Barros. O conjunto portista goleou num terreno difícil - ainda mais pelas condições atmosféricas - e desde cedo mostrou uma atitude que parecia impossível com Lopetegui. Os dragões apresentaram o mesmo 11, com Danilo na cobertura a André André e Herrera, e estes últimos fabricaram o primeiro golo superiormente finalizado pelo Mexicano. Ele que, hoje, foi, a par de Brahimi, a melhor unidade da equipa,  muito forte na chegada a área e com grande acerto no passe (ao contrário do que tinha vindo a acontecer). Nas alas, Brahimi e Corona estiveram brilhantes, sempre a desequilibrar por dentro e por fora, para além de ajudarem em missões mais defensivas (o Mexicano fez um golaço depois de se desembaraçar de vários adversários). Para além disso, nota para o regresso às boas exibições de André André (teve 3 passes em que colocou colegas na cara do golo, tendo um deles dado origem ao primeiro golo) e para Aboubakar que, depois de um período longe dos golos, matou a fome com um bis. Por fim, Danilo continua a ser o melhor 6 do campeonato (desta vez até deu para marcar com classe), Layún esteve mais em jogo que Maxi e surpreendeu André Silva não ser lançado num contexto favorável como o do jogo de hoje.

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