FC Porto: Lopetegui despedido

Quem deve suceder ao espanhol? A dúvida é perceber se Pinto da Costa vai voltar ao sistema da sucessão de Fonseca para depois garantir Villas-Boas no final da época, e nesse caso a aposta deve recair novamente em Luís Castro ou numa solução como Jesualdo, ou apostar já num técnico para o curto, médio e longo prazo, e não faltam treinadores disponíveis no mercado, desde Mourinho, passando por Nuno Espírito Santo, Rodgers, Laudrup, Sampaoli e Bielsa, ou até Benítez. 

Julen Lopetegui já não é o treinador do FC Porto. Os azuis e brancos estão a acertar os termos da rescisão de contrato com o espanhol, uma vez que o treinador ainda tinha vínculo até 2017. Lopetegui chegou ao Dragão em 2014 mas em ano e meio não conquistou títulos e actualmente, apesar de estar ainda nas 4 frentes, estava no 3.º lugar do campeonato, a 4 pontos do Sporting, e com um pé fora da Taça da Liga. O espanhol, que vinha a ser muito contestado pelos adeptos, ainda orientou o treino desta manhã, mas, vai agora, de maneira provisória, ser substituído por Rui Barros. VM - Inevitável. Os resultados e exibições não correspondiam à qualidade do plantel e o espanhol nunca conseguiu reunir o consenso necessário para ultrapassar estes períodos de crise (a classificação, as competições em que estava, e até os resultados, noutro contexto, teriam sido suavizados, já que por enquanto nada estava em causa). Para a história, ficam os zeros títulos, e numa fase em que contou com plantéis de elevado nível, não só em qualidade como em quantidade, tendo tido mesmo privilégios que desde Pedroto ninguém tinha, devido à possibilidade de contratar e desfazer-se de quem queria. Mas mais que a queda de Lopetegui, que deixa o futebol português sem deixar marca e completamente descredibilizado (não vai ser fácil cair de pára-quedas noutro emblema com o peso dos dragões), este cenário acaba por ser essencialmente uma enorme derrota para Pinto da Costa, que falhou a todos os níveis, na aposta que fez, naquilo que lhe deu, e principalmente ao manter o espanhol depois de uma época em branco tendo agora, à semelhança do que fez com Paulo Fonseca, de se resignar à vontade dos adeptos (curiosamente quando não o fez, com Vítor Pereira, foi bicampeão), com os riscos que isso acarreta, sendo que um clube como o FC Porto não pode ficar 3 anos em branco. 

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