Esta rubrica destina-se a jogadores nascidos em 1996. Os parâmetros de selecção são os feitos dos jogadores até ao momento e, principalmente, o seu potencial e o nível (patamares em termos de projecção Mundial) que poderão atingir no futuro. Mesmo considerando que são seniores de 1.º ano já é possível mencionar elementos que nesta fase apresentam algumas destas características.
Não há memória de uma equipa de juniores tão impressionante como a do Chelsea que venceu a última UEFA Youth League. Os
blues apresentaram muita qualidade em todos os sectores, superiorizando-se a todos os adversários tanto a nível individual como colectivo. Talvez não seja descabido afirmar que muitos daqueles jogadores já poderiam jogar como séniores, não devendo nada a muitos outros com mais experiência. De Christensen a Brown, passando por Solanke ou Jay da Silva, é um tiro no escuro tentar adivinhar quem chegará mais longe. No entanto, muitas esperanças podem ser depositadas em
Ruben Loftus-Cheek, médio que já se estreou na
Champions League e que é, como se comprova pelas oportunidades que já teve, um dos preferidos de Mourinho. Com um potencial fabuloso, o jovem de 19 anos consegue aliar qualidade técnica a uma dimensão física (é muito intenso e tem disponibilidade para exercer influência num raio de acção muito amplo) que lhe permite ter muita presença no meio campo. Pode actuar em qualquer posição da zona central, mas parece talhado para jogar como
box-to-box, fazendo a ligação entre sectores. Tem uma capacidade fantástica no transporte de bola, sendo uma das principais armas do seu jogo, mas também já mostrou ser dono de uma excelente qualidade de passe. O fraco rendimento do meio campo do Chelsea pode abrir espaço para que Loftus-Cheek se vá afirmando aos poucos na equipa londrina, embora um empréstimo lhe desse certamente mais tempo de jogo. De uma forma ou de outra, o inglês fará certamente parte do futuro do clube, tendo também fortes hipóteses de se constituir como um sério candidato a brilhar no meio campo da selecção dos Três Leões. Numa altura em que se fala do aproveitamento (ou não) da formação, o Chelsea tem aqui um talento raro para demonstrar que a aposta é mesmo com o objectivo de servir a equipa principal.
