Craques do futuro V: O prodígio croata que se estreou pela selecção com apenas 16 anos (4.º)

Esta rubrica destina-se a jogadores nascidos em 1996. Os parâmetros de selecção são os feitos dos jogadores até ao momento e, principalmente, o seu potencial e o nível (patamares em termos de projecção Mundial) que poderão atingir no futuro. Mesmo considerando que são seniores de 1.º ano já é possível mencionar elementos que nesta fase apresentam algumas destas características.

Apesar de o futebol ter sempre espaço para a ascensão meteórica de adolescentes, não é habitual ver jogadores com idade de juvenil a actuar ao mais alto nível. Odegaard ou Tielemans são os nomes que obtiveram mais protagonismo devido ao seu talento precoce, mas Alen Halilović não ficou atrás. O facto de actuar num campeonato como o croata permitiu que tivesse espaço para se mostrar desde cedo, e a verdade é que aproveitou para captar atenções por toda a Europa. Com o seu estilo "à la Messi", sempre com a bola colada ao pé esquerdo e procurando diagonais da direita para o meio, o médio ofensivo formado no Dínamo de Zagreb rapidamente se assumiu como o elemento mais interessante da liga nacional. Tendo entrado mesmo para a história do País ao ganhar a 1.ª internacionalização, curiosamente contra Portugal de Cristiano Ronaldo, com apenas 16 anos. O prémio esperado acabou por surgir com a mudança para Camp Nou, onde se acreditava que Halilovic pudesse ter um potencial semelhante ao de Messi. Contudo, não aparecem extraterrestres todos os dias, e a transferência acabou por atrasar a evolução do jovem croata. Perdido na equipa B do Barcelona, pareceu estar estagnado durante duas temporadas, até que esta época surgiu a oportunidade de jogar na primeira liga com a camisola do Sporting Gijón. Dar um passo atrás para poder dar dois à frente. Terá sido este o pensamento do médio ofensivo, que vai encantando nos relvados espanhóis, recuperando a "alegria" no seu futebol. Tem sido a grande figura do emblema das Astúrias, voltando ao nível que exibiu em Zagreb e contribuindo com vários golos e assistências. O pé esquerdo, de onde saem passes fantásticos e arrancadas alucinantes, voltou a ser temido por muitos e saudado pelos dirigentes do Barcelona, que estarão atentos às prestações do craque. O jogador de 19 anos, internacional croata desde cedo, tem lidado bem com o estatuto de estrela da equipa, o que deixa esperanças para um eventual regresso à Catalunha. Não se pode chamar revelação a um jogador que aos 17 anos, depois de já ter actuado na Liga dos Campeões (aliás é o 2.º mais jovem de sempre a estrear-se na Champions), se mudou para o Barcelona, mas está a ser indiscutivelmente uma confirmação na liga espanhola. O curto percurso que leva já teve muitos altos e baixos, mas parece estar definitivamente a fixar-se no topo, e com a qualidade do seu pé esquerdo o "céu é o limite".

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