Craques do futuro V: Uma espécie de Gaitán com mais técnica que Markovic (7.º)

Esta rubrica destina-se a jogadores nascidos em 1996. Os parâmetros de selecção são os feitos dos jogadores até ao momento e, principalmente, o seu potencial e o nível (patamares em termos de projecção Mundial) que poderão atingir no futuro. Mesmo considerando que são seniores de 1.º ano já é possível mencionar elementos que nesta fase apresentam algumas destas características.

Andrija Zivkovic é um dos jovens mais cobiçados do futebol europeu, não só pelo protagonismo que atingiu no Partizan mas também porque a Sérvia conquistou o título mundial de sub-20 no passado Verão, prova em que ganhou ainda mais cotação, apesar das suas exibições nem terem sido brilhantes. O sérvio parece reunir tudo para ser uma referência, não sendo por acaso que há muito está na mira do Benfica, um negócio que a concretizar-se ia permitir aos encarnados terem outro diamante da ex-Jugoslávia depois de terem desfrutado do futebol de Markovic durante um ano. "Zivkovic tem coisas de Gaitán e é tecnicamente melhor (apesar de ser mais lento) do que Markovic", foi assim que Zoran Filipovic, antigo avançado do Benfica, descreveu o craque do Partizan. Sendo que na Sérvia também há a convicção de que o extremo prefere rumar à Luz, para evoluir, como aconteceu com Markovic ou Matic, do que assinar já por "um Barcelona". E a forma como Zivkovic conduz em velocidade, a sua capacidade de decisão e, claro, a qualidade técnica que exibe fazem dele um jogador com condições mais do que suficientes para chegar ao topo mundial. Actua preferencialmente sobre o lado direito do ataque, de modo a explorar o jogo interior, mas pode jogar em qualquer uma das posições atrás do avançado, sendo capaz de desequilibrar através de acções individuais ou assistindo os colegas. Com uma capacidade de cruzamento muito interessante e de remate fácil, tem também muita qualidade na marcação de bolas paradas, outra arma do seu jogo. O seu percurso no Partizan (onde chegou muito cedo a capitão, o que demonstra as esperanças nele depositadas pelo clube) não deverá prolongar-se depois do fim da época, sendo quase garantido que o extremo vai ter o salto competitivo de que necessita. Já internacional pela Sérvia, algo habitual com os jovens que se destacam prematuramente no país, Zivkovic é o expoente máximo de uma geração que faz jus à grande capacidade formadora da nação dos Balcãs.

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