Craques do futuro V: Aos 18 anos era o jogador mais bem pago na formação em Inglaterra (8.º)

Como para tudo, é essencial definir critérios. Esta rubrica destina-se a jogadores nascidos em 1996. Os parâmetros de selecção são os feitos dos jogadores até ao momento e, principalmente, o seu potencial e o nível (patamares em termos de projecção Mundial) que poderão atingir no futuro. Mesmo considerando que são seniores de 1.º ano já é possível mencionar elementos que nesta fase apresentam algumas destas características.

O Chelsea, nos últimos anos, desenvolveu imenso a sua formação, se é que se assim se pode chamar à junção de talentos dos mais variados países. Andreas Christensen é um dinamarquês que chegou à academia dos blues por se ter destacado ao serviço do Brondby, e não tem defraudado as expectativas, sendo mesmo uma das maiores esperanças do clube para o futuro - não é por acaso que foi o jogador mais bem pago de sempre da formação, não só dos londrinos mas em toda a história da FA Youth Cup, com um salário superior a 1 milhão de euros por ano. Fez parte da equipa maravilha que venceu a última UEFA Youth League e, na transição para sénior, foi emprestado ao Borussia Mönchengladbach, onde tem sido titular. Apesar da sua enorme qualidade, que o coloca como um dos centrais mais promissores do futebol mundial, sobram as dúvidas habituais em relação à possibilidade de afirmação de um jovem em Stamford Bridge. Contudo, a cedência ao clube alemão vai permitir que o dinamarquês evolua e Mourinho já demonstrou ser apreciador das capacidades de Christensen (veremos é se é o português que o vai trabalhar). É um central que tem realmente condições para ser uma referência na posição, impressionando desde cedo pela sua maturidade, sentido posicional e grande leitura de jogo, conseguindo antecipar muito bem os lances. Com a velocidade e o timing de corte que possui, a juntar a um jogo aéreo eficaz, é um elemento muito difícil de ultrapassar. Também em termos ofensivos cumpre as exigências do futebol actual, sendo um jogador com qualidade técnica e que vai revelando competências na saída de bola. Para além das qualidades físicas e técnicas, Christensen tem a mais-valia de ser muito forte psicologicamente e ter uma capacidade de liderança que outros não têm e que faz dele um jogador que qualquer treinador gosta de ter. O salto para um emblema de Champions na transição para os séniores mostra bem a categoria com que o dinamarquês já joga. Se o Chelsea quer provar que o investimento na formação é para capitalizar, então este é indubitavelmente um dos projectos mais seguros para o fazer. 

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