As 12 sensações da época a nível internacional

Todos os anos, novos nomes abandonam o anonimato e passam a ser conhecidos pelo grande público do futebol internacional. Esta época não foi excepção. Por isso, tendo como principalmente a maneira como se afirmaram a nível europeu; o Visão de Mercado indica os 12 jogadores que mais sensação causaram em 2014-15:

Felipe Anderson (Lazio) - O jogador mais excitante de uma Lazio que foi uma das surpresas da temporada. Um médio habilidoso, com uma capacidade de aceleração incrível e muita facilidade no 1x1, que também esteve em destaque ao nível da finalização (10 golos no campeonato). Pode actuar em qualquer uma das posições atrás do avançado, mas foi no corredor esquerdo que provou que podia ser mais letal. Mais um nome das escolas do Santos que promete vingar na Europa, sendo certo que não tardará a chegar a um dos tubarões. 
Karim Bellarabi (Bayer) - Roger Schmidt, depois de pôr o Salzburgo na ribalta, regressou à Alemanha para tentar aproximar o Bayer do topo do futebol alemão. A receita era a mesma: uma pressão muito alta e um futebol de transições assente na velocidade e qualidade técnica dos seus jogadores. Bellarabi, regressado de empréstimo, tem características ideias para este modelo de jogo e foi mesmo um dos protagonistas da equipa, conquistando a chamada à Manncschaft. Aos 25 anos, assumiu-se como um dos melhores jogadores alemães do momento, juntando bons números (11 golos e 6 assistências) à imprevisibilidade do seu futebol. 
Harry Kane (Tottenham) - "Hurry" Kane da época no futebol inglês. O craque dos Spurs depois de só ter apontado 4 golos em 2013-14 (até esteve para ser vendido) este ano "explodiu" com 30 golos, 20 deles na Premier League, onde foi o 2.º melhor marcador, e várias exibições de grande nível, deixando mesmo a ideia que a selecção dos Três Leões vai finalmente ter a referência ofensiva que procura desde o abandono de Alan Shearer.
Luciano Vietto (Villarreal) - Ágil (veja-se o golo que marcou ao Atlético no Calderón, no qual "parte os rins" a Godín), rápido, inteligente, com boa capacidade técnica, Vietto é um avançado que gosta de recuar um pouco no terreno para poder transportar a bola ou rematar de longe, sendo um ainda um dianteiro que se enquadra na perfeição a jogar com um parceiro de ataque ao lado. Este ano, na sua primeira experiência na Europa, em 48 encontros, marcou 20 golos e deu outros 8 a marcar, tendo dado principalmente nas vistas na Liga Europa, onde faturou por 8 vezes (ainda assistiu outras 6) em apenas 12 partidas. Depois de nomes como Forlán (que já tinha tido uma experiência frustrada no Manchester United) ou o próprio Godín, o jovem argentino perfila-se como o próximo a deixar o El Madrigal para rumar a um clube de maior dimensão, adivinhando-se, certamente, um encaixe importante para o "Submarino Amarelo".
André Gomes (Valencia) - O jogador para os "grandes" jogos. Incrível como o seu futebol cresce quando na teoria as partidas exigem mais. Já tinha sido assim no Benfica e este ano voltou a repetir o mesmo, principalmente nas partidas frente ao Real e Barcelona, onde foi dos melhores em campo. Uma temporada de grande nível, impressionante a maneira como passou de suplente nas águias para indiscutível no Valencia, com uma afirmação sem margem para dúvidas num clube que luta pelo Top 4 da La Liga, tendo tido mesmo a particularidade de ter "sentado" Enzo Perez, seu "rival" na Luz. Com a sua força, altura, capacidade no transporte de bola, ganhou igualmente muito mercado, sendo que clubes como o Barça, Real, Man Utd e Chelsea já demonstraram interesse no internacional português.
Coquelin (Arsenal) - De dispensável a indiscutível. O francês regressou em Dezembro ao Arsenal, depois de ter sido emprestado ao Charlton durante um mês, numa altura em que a equipa sentia a falta de um médio defensivo que oferecesse qualidade na transição defensiva. E Coquelin não só ofereceu isso, como também foi um dos principais responsáveis pela excelente fase que o Arsenal viveu até ao início de maio. Bom no jogo aéreo, forte pelo chão (não tem medo de sujar os calções e interceta imensas bolas), o francês dá garantias também na fase de construção e parece ter ganho um estatuto que permite a Wenger gerir melhor este eterno problema no meio campo.
Bernardo Silva (Mónaco) - Pouca gente esperaria que o português, ignorado por Jorge Jesus no Benfica, se afirmasse tão rapidamente num clube de Champions. A verdade é que aos poucos foi ganhando espaço na equipa de Jardim, acabando a temporada como um elemento fundamental. Actuando no corredor central ou sobre o lado direito, o jovem português, para além da visão de jogo e qualidade de passe que há muito era conhecida, mostrou uma capacidade de finalização excepcional, somando 9 golos até ao momento.  
José Luis Gayá (Valencia) - A fábrica de laterais-esquerdos do Mestalla continua a funcionar a todo o gás. Depois de Jordi Alba e Bernat, Gayá assumiu-se na posição e foi uma das figuras da equipa. Um jogador com um perfil muito semelhante ao dos seus antecessores, que faz todo o flanco com uma facilidade impressionante (o facto de ter começado como extremo certamente ajudará). Destacou-se no capítulo das assistências e, apesar de estar a ser muito cobiçado, renovou há poucos dias com o Valência e vai continuar a ser peça chave para Nuno. 
Nabil Fekir (Lyon) - Se o Lyon esteve a discutir o título do PSG quase até ao fim muito o deve ao talentoso francês. Um médio ofensivo/segundo avançado com uma qualidade técnica fantástica, que este ano só na Ligue 1 marcou 13 golos e fez 12 assistências. Formou com Lacazette uma das melhores duplas do futebol europeu, tendo mesmo carregado a equipa durante a ausência do avançado devido a lesão.
Álvaro Morata (Juventus) - Sem espaço no Real, acabou por rumar a Itália para se tornar numa das sensações da temporada, e não é só pelo que fez na eliminatória contra o antigo clube. Os merengues já se arrependeram, certamente. Formou uma dupla fantástica com Tévez e cresceu a olhos vistos. É um jogador muito completo, com inteligência para perceber os diferentes momentos do jogo. Não se define pelos golos, até porque apenas marcou 8 no campeonato. 
Paulo Dybala (Palermo) - Só é estranho o facto de ter demorado 3 épocas para se afirmar em pleno. O argentino foi um dos maiores destaques do Calcio esta época e não demorou até ser associado aos maiores clubes do futebol europeu. Habilidoso, rápido e com um bom poder de finalização, Dybala é, sem dúvida, um dos jogadores mais promissores do futebol mundial, tendo capacidade para desempenhar várias funções no ataque, A Juventus não quis esperar e antecipou-se a toda a concorrência, numa transferência que poderá chegar aos 44 milhões de euros e que permitiu ao Palermo realizar mais um grande encaixe financeiro.
Hector Bellerín (Arsenal) - Tem tudo para ser o melhor lateral direito do mundo num futuro próximo. Ofensivamente tem uma qualidade fora do normal (técnica brilhante e uma capacidade de decisão muito acima da média) e defensivamente, apesar de ainda ter aspectos a melhorar, é um jogador que não compromete. A lesão de Debuchy e o facto de Chambers não ter convencido Wenger levaram-no a tornar-se uma figura indiscutível no 11 do francês, e dificilmente perderá esse estatuto.

T. Cunha

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