Meia dúzia na Luz; Com Gaitán a música é outra

Benfica 6-0 Estoril (Luisão 16', Salvio 26', Pizzi 33', Jonas 35' e 86' e Lima 56' g.p)


Massacre! O Benfica atropelou o Estoril na Luz (6-0, a maior goleada do campeonato) e colocou pressão no FC Porto, que recebe amanhã o Sporting. Um jogo muito fácil para os encarnados, que, em dia de aniversário, marcaram cedo e não abrandaram, fazendo uma exibição com a nota artística que tem faltado nesta temporada. Gaitán regressou e brilhou, Jonas não pára de marcar e Pizzi vai-se assumindo no meio campo. Quanto ao Estoril, agravou a crise (mais pelos números do que pela derrota, que era esperada) e Couceiro está em maus lençóis. 

A primeira parte foi de sentido único. Antes de marcar o primeiro (Luisão, de cabeça), o Benfica já tinha desperdiçado duas ocasiões flagrantes, com Kieszek a negar o golo a Jonas. Apesar de estar em vantagem, os encarnados não abrandaram e chegaram rapidamente ao segundo, com Salvio a concluir um cruzamento de Lima. Pouco depois, Pizzi fez um golaço de fora da área, antes da melhor jogada da tarde: Gaitán deu de calcanhar para a entrada de Maxi e o uruguaio assistiu Jonas para o 4-0. Na segunda parte, o jogo foi mais tranquilo. O Estoril manteve a postura, apesar da goleada ao intervalo, mas não conseguiu incomodar Artur. O Benfica chegou à "manita" de grande penalidade, com Lima a juntar-se à lista de marcadores. Ainda houve tempo para o 6-0 (bis de Jonas), já com o Estoril reduzido a 10 por expulsão de Anderson.

Destaques:

Benfica - Uma das melhores exibições da época, que culminou numa vitória importante em jornada de Clássico. Com Gaitán de regresso a música é outra. O argentino voltou com a classe do costume e deu uma qualidade tremenda ao ataque encarnado. Jonas, para além dos golos, também realizou uma grande exibição, continuando a ser um dos melhores da equipa. A partida com o Estoril trouxe o regresso de Salvio às boas exibições (muito activo no flanco direito) e confirmou a crescente influência de Pizzi no xadrez encarnado. Defensivamente foi mais um jogo sem sofrer golos e com apenas uma oportunidade concedida ao adversário. Luisão voltou a desequilibrar ofensivamente, bem como Maxi, que vai fazendo uma temporada extremamente regular. 

Estoril - Péssima abordagem de Couceiro à partida. É de louvar quando as equipas com menos argumentos tentam discutir os jogos nos estádios dos "grandes", mas, não tendo os centrais titulares, foi demasiado arriscado tentar jogar olhos nos olhos com o Benfica. Os encarnados aproveitaram com facilidade o espaço nas costas da defensiva estorilista, que foi uma autêntica passadeira para os avançados adversários. Ofensivamente, apesar da intenção, a equipa também foi uma nulidade. Houve poucos destaques individuais, com Tozé, o mais inconformado, e Kieszek, que evitou que os números fossem ainda mais pesados, salvaram-se no meio de tanta desinspiração. Com os níveis anímicos em baixo, não será fácil que o Estoril saia desta situação negativa.

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