Craques do Futuro IV: O melhor desta pobre geração (1º)

Como para tudo, é essencial definir critérios. Esta rubrica destina-se a jogadores nascidos em 1995. Os parâmetros de selecção são os feitos dos jogadores até ao momento e, principalmente, o seu potencial e o nível (patamares em termos de projecção Mundial) que poderão atingir no futuro. Mesmo considerando que são seniores de 1º ano ou ainda júniores, já é possível mencionar elementos que nesta fase apresentam algumas destas características.

Esta geração de craques é, pelo menos no presente, a mais fraca em termos de potencial. Há jogadores que se podem tornar excelentes, mas muitos deles até podem ter dificuldades para se afirmar ao mais alto nível. Posto isto, a escolha para o primeiro lugar só podia recair em Divock Origi. O avançado foi a grande revelação do Mundial e, pela sua técnica, velocidade e potência, tem tudo para ser uma figura nos próximos tempos. O seu aparecimento na grande competição de selecções foi totalmente inesperado, mas o jogador foi bastante utilizado por Wilmots e deixou óptimas indicações para o futuro. Um avançado muito versátil e que, maioritariamente a partir do banco, foi o agitador de serviço na equipa belga. As suas prestações despertaram o interesse de diversos clubes, tendo o Liverpool pago 15 milhões de euros pela sua contratação. Apesar disso, Origi permaneceu no Lille, onde não tem feito uma temporada por aí além (como aliás não foi a última). O jogador, que tem actuado como referência ofensiva, ao contrário do ano passado (jogou sobretudo no corredor esquerdo), tem apenas 3 golos no campeonato e não tem tido a influência que se esperava na equipa, o que levanta um problema ao Liverpool. A verdade é que os reds precisam urgentemente de um jogador como Origi para o ataque, mas, tendo em conta o pouco que o avançado tem mostrado, não é certo que consiga fazer a diferença na Premier League, apesar de ser um campeonato mais adequado às suas características (mais espaço para explodir e desequilibrar). O belga tem que provar que o Mundial não foi um acaso e que também é jogador de clube. Ainda é jovem e, caso não ocorra nada de extraordinário, deverá mesmo tornar-se num craque. 

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