A revelação do Ano a nível internacional

Todos os anos, novos nomes abandonam o anonimato e passam a ser conhecidos pelo grande público do futebol mundial. 2014 não foi excepção. No ano que agora acaba, Mustafi passou de praticamente desconhecido a titular na seleção campeã do Mundo e a indiscutível numa das melhores equipas espanholas; Immobile fez um primeiro semestre incrível, sagrando-se melhor marcador da Série A, o que lhe valeu a ida para o Borussia Dortmund, onde tem estado apagado; Bellarabi tornou-se numa das coqueluches da Bundesliga e chegou a internacional A; Aboubakar, apesar do pouco destaque no Porto, até ao Verão fartou-se de marcar golos pelo modesto Lorient; Drmic fez também uma primeira metade de ano com números muito bons no Nurenberga , apesar de ter sido outro elemento cuja mudança no Verão (para Leverkusen) não lhe deu muito protagonismo.

Mas a grande revelação de 2014 a nível internacional, pela rapidíssima ascensão (não se pode ignorar que em 2013 ainda estava na II divisão), pelo tremendo potencial e pela notável regularidade (vários dos outros elementos destacados tiveram meses fracos), é Kurzawa. De ascendência Polaca, o defesa do Mónaco é indiscutível para Leonardo Jardim (que tem a particularidade de ter trabalhado meio ano com cada uma das revelações do ano para o VM) como era para Claudio Ranieri, sendo um dos mais valiosos elementos dos Monegascos. Aos 22 anos, tem tudo o que se quer num lateral moderno: rápido, forte, potente, agressivo, boa estatura (1,81), destacando-se ainda pela fantástica forma como bate na bola, o que se traduz numa excelente capacidade de cruzamento que lhe permite dar boa sequência às muitas iniciativas pelo corredor que efectua (dá muita profundidade). Todas estas virtudes permitem-lhe ser um dos laterais da moda, peça crucial num dos vencedores de grupo da Champions e, desde Novembro, Internacional A francês.

Sendo um jogador muito jovem e com margem de progressão, Kurzawa desperta já muita cobiça por parte de diversos colossos do Velho Continente, restando a dúvida se o Mónaco terá, ou não, capacidade (e vontade) para o segurar. Certo é que 2014 revelou alguém que pode marcar uma época na sua posição.

Visão do Leitor (perceba melhor como pode colaborar com o VM aqui!): Pedro Barata

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