Craques do Futuro IV: Uma espécie de figura silenciosa de mais uma fornada que promete (11º)

Como para tudo, é essencial definir critérios. Esta rubrica destina-se a jogadores nascidos em 1995. Os parâmetros de selecção são os feitos dos jogadores até ao momento e, principalmente, o seu potencial e o nível (patamares em termos de projecção Mundial) que poderão atingir no futuro. Mesmo considerando que são seniores de 1º ano ou ainda júniores, já é possível mencionar elementos que nesta fase apresentam algumas destas características.

Tendo o rótulo de clube que faz da formação parte da sua identidade, é inevitável que se espere que da cantera do Barça vão saindo grandes craques. A par de Munir, há outro jovem que vai ganhando o seu espaço na equipa principal (um pouco na sombra do hispano-marroquino): Sandro Ramírez. O espanhol tem impressionado pela sua qualidade e também é uma grande esperança para o futuro, de tal modo que, apesar de ter apenas 19 anos, tem sido frequentemente utilizado (na maior parte das vezes como suplente) e já leva 3 golos na temporada (2 no campeonato e 1 na Champions). Com o regresso de Suárez, é provável que o avançado venha a perder alguma margem na equipa de principal, não sendo surpreendente que acabe por ter de jogar pelo Barça B. A concorrência apertada é mesmo o grande problema do jovem, porque talento para se afirmar em Camp Nou não lhe falta. É um avançado que pode actuar nas alas ou como referência ofensiva, sendo certo que se destaca pela sua mobilidade e qualidade técnica, o que lhe permite criar desequilíbrios individuais com facilidade. Muito agressivo em zonas de finalização, é um jogador com grande sentido de baliza e muita espontaneidade no remate, características que demonstram o seu instinto pelo golo. Apesar do mediatismo de Munir, Sandro Ramírez era, a par de Adama Traoré, a principal figura desta geração do Barça, tendo jogado sempre acima do seu escalão (no ano passado, por exemplo, não defrontou o Benfica na Youth League porque já representava a equipa B). O hispano-marroquino ultrapassou-o pelo destaque que teve na prova de juniores, mas, em termos de talento, não devem nada um ao outro. 

PS - Esta geração do Barcelona pode ser muito proveitosa para o clube catalão. Veremos se Luis Enrique vai aproveitar e construir uma equipa com 7/8 jogadores da formação no 11, como fez Guardiola. A juntar a Deulofeu e Denis Suárez, que são um pouco mais velhos, há Munir e Sandro Ramírez, o potente Adama Traoré (a bola parece que cola nos seus pés), que é ainda de 1996, o "novo Eto'o" Jean Marie-Dongou, Sergi Samper, que é um médio que pode seguir as pisadas dos seus antecessores, Alex Grimaldo, lateral-esquerdo que actua como sénior desde os 16 anos, e ainda Alen Halilovic, jovem croata que dispensa apresentações. Da actual equipa que está a disputar a Youth League, o médio camaronês Lionel Enguene é a principal figura (esta geração é bem inferior). 

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