Craques do Futuro IV: De suplente no Southampton a presença assídua na selecção (10º)

Como para tudo, é essencial definir critérios. Esta rubrica destina-se a jogadores nascidos em 1995. Os parâmetros de selecção são os feitos dos jogadores até ao momento e, principalmente, o seu potencial e o nível (patamares em termos de projecção Mundial) que poderão atingir no futuro. Mesmo considerando que são seniores de 1º ano ou ainda júniores, já é possível mencionar elementos que nesta fase apresentam algumas destas características.

Calum Chambers é um dos jogadores que contribuiu para a debandada que se verificou no Southampton, com os saints a perderem vários elementos preponderantes na época passada. Contudo, esse não é o caso do jovem inglês de 19 anos, que esteve longe de ser uma figura central na equipa de Pochettino (era habitualmente suplente, seja de Clyne, Lovren ou Fonte). Apesar desse cenário, o Arsenal não hesitou em avançar com 18 milhões para o contratar, o que mostra a esperança que depositava no jovem. A mudança para o Emirates não podia estar a correr melhor: Chambers tem sido bastante utilizado, beneficiando das muitas lesões que têm debilitado o sector defensivo, e inclusivamente já se estreou pela selecção AA de Inglaterra (nem passou pelos sub-21), tendo jogado inclusive nos jogos de qualificação para o Euro'2016 (desde que está no Arsenal foi sempre convocado). A polivalência é uma das suas principais características; o jovem pode actuar como central, trinco e lateral-direito, posição onde tem actuado maioritariamente (devido em grande parte à lesão de Debuchy). Tem estado relativamente bem nessa função, mesmo numa defesa que não tem primado pela segurança. Curiosamente, Chambers tem sentido maior dificuldade no processo defensivo do que a atacar, onde vai evoluindo com qualidade. O jogador tem boa técnica e está cada vez mais à vontade a dar profundidade ao corredor, mas com naturalidade irá tornar-se num lateral/central bastante completo (na linha de Ivanovic, por exemplo). Tem bastante maturidade e e joga de forma extremamente inteligente, o que antecipa um futuro promissor. A grande curiosidade em relação ao seu futuro é perceber se se irá fixar numa posição ou se irá manter esta versatilidade. De qualquer forma, parece claro que será um elemento bastante útil no Arsenal e na selecção nos próximos tempos.

PS - A próxima geração inglesa é bastante promissora. Will Hughes, médio do Derby tecnicamente muito evoluído, é um dos jogadores que tem tudo para ser um craque, bem como os elementos do Chelsea que já referenciámos (ler aqui). Patrick Roberts, melhor jogador do último Euro Sub-17, é outro jogador com um potencial enorme (está actualmente no Fulham). 

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