Muito pouco Benfica para a qualidade de jogo do Leverkusen; Encarnados (que não fizeram um ataque na 1.ª parte) somaram a 2.ª derrota e já têm de começar a fazer contas; Foi tudo demasiado fácil para o conjunto alemão (Son sempre que acelerava criava perigo); Eliseu foi banalizado por Bellarabi, Júlio César com culpas no 1-0, Jardel acumulou erros, Cristante também esteve "perdido", ataque não existiu

Leverkusen 3-1 Benfica (Kießling 25', Son Heung-Min 34' e Çalhanoğlu 64'; Salvio 62')

O Benfica foi vergado na Alemanha pela qualidade de jogo do Leverkusen (3-1), numa 2.ª derrota que obriga os encarnados a fazer 6 pontos na dupla jornada diante do Mónaco. A equipa de Jorge Jesus marcou praticamente na única jogada que fez e, não fosse o desperdício alemão, (Hakan Çalhanoğlu falhou um daqueles golos "à Youtube") o resultado até podia ter sido mais expressivo tal foi o domínio e qualidade de jogo apresentada. Muitas dificuldades para os encarnados (fez o primeiro remate aos 38'), principalmente pela velocidade, circulação de bola e pressão ofensiva dos elementos de Roger Schmidt. Em termos individuais, Cristante acusou a pressão e não esteve bem, enquanto que Eliseu e Jardel somaram erros defensivos que tiveram impacto. Talisca não teve espaço para jogar, assim como Gaitán. Júlio César teve culpas no 1-0, sendo que Salvio - apesar do golo - perdeu muitas bolas nos lances individuais. O trio Son Heung-MinÇalhanoğlu e Bellarabi desequilibrou muito com a dinâmica ofensiva.

No que diz respeito ao encontro, a primeira parte foi um terror para a equipa encarnada. A dinâmica e manobra ofensiva dos germânicos sufocava as águias, sendo que desde cedo a defensiva de Jorge Jesus foi passando por muitas dificuldades. Júlio César  adiou o 1-0 em duas ocasiões (a Son e a Bellarabi), sendo que o poste (depois de Almeida) também evitou o golo dos alemães. Muita pressão do Leverkusen, impossibilitando a saída de bola dos encarnados e os elementos portugueses eram obrigados a chutar para a frente para não perder em zona perigosa. Aos 25', Júlio César erra ao defender mal e oferece o golo a Kießling, enquanto que pouco depois Son Heung-Min materializou a superioridade dos alemães no 2-0. O primeiro remate do Benfica surgiu apenas aos 38', por intermédio de Enzo Pérez. Na 2.ª metade do encontro, Jesus lançou Maxi e Lima, mas o jogo não melhorou para o lado português. As dificuldades em jogar permaneceram e o 3-0 não aconteceu porque Çalhanoğlu falhou escandalosamente. O Leverkusen procurava não deixar quaisquer espaços aos encarnados, mas Salvio, aos 51', numa das raras jogadas de ataque do campeão português, reduziu de pé esquerdo. No entanto, a reacção das águais foi curta, isto porque Çalhanoğlu viria a aumentar a vantagem num penálti tardiamente assinalado pelo árbitro da partida. Até ao final, o jogo não trouxe mais nada de relevante, com as duas equipas a baixar o ritmo.

Destaques:

Leverkusen - A forma como se apresentou não foi algo que surpreendesse (muita dinâmica ofensiva e reacção à perda fortíssima). A equipa alemã, pressionando em todo o campo e colocando muitos jogadores no momento ofensivo, conseguiu forçar o Benfica a errar em zonas recuadas, e depois a qualidade dos seus elementos de ataque fez a diferença. Son, com a sua velocidade e facilidade de remate, fez o que quis da defesa encarnada; Bellarabi, apesar de não ter estado brilhante, também foi um incómodo constante; Calhanoglu esteve muito activo e fez a diferença com a sua qualidade de passe; e o ponta-de-lança Kießling, sempre oportuno, participou bastante na construção ofensiva, escapando na maioria das vezes aos centrais do Benfica. Destaque ainda para as exibições de Bender e Reinartz, que anularam o meio campo encarnado, e para o lateral-esquerdo Wendell, sempre muito agressivo na recuperação (ganhou quase sempre os duelos com Salvio).

Benfica - Uma derrota que começou logo na conferência de imprensa, Jesus desvalorizou verbalmente este jogo e depois no papel pelo onze que apresentou (fazendo estrear um jovem de 19 anos), uma situação estranha já que o próximo desafio das águias é frente ao Arouca. Talvez imbuídos por esse espírito de que a LC é secundária, os jogadores entraram apáticos, sem intensidade e totalmente desorientados. Sem espaço para respirar nem jogar (os alemães tinnham 4/5 elementos a pressionar alto), as águias sofreram muito com a dinâmica e agressividade, numa 1.ª parte muito complicada para a equipa lisboeta. No 2.º tempo, tentaram reagir, mas raramente incomodaram Leno (aliás, para além do golo, pouco mais produziram). Cristante não teve uma estreia feliz como titular, enquanto que o trio Gaitán, Enzo e Salvio não teve espaço para jogar. Jardel e Eliseu somaram erros atrás de erros e Júlio César teve culpas no 1.º golo.

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