Sporting sofreu mas conseguiu marcar encontro com o Benfica; Mais Dier que Oliveira, Mais Carrillo que Capel, Mais Semedo que Rosell, na vitória dos leões frente ao Belenenses; Conjunto do Restelo, com Deyverson em destaque, castigou o mau jogo leonino no 2º tempo

Sporting 2-1 Belenenses (Wilson 29' e André Martins 32'; Geraldes p.b.)

O Sporting bateu o Belenenses por 2-1 e vai agora tentar defender o título na Taça de Honra de Lisboa frente ao Benfica. Wilson Eduardo e André Martins na sequência de lances de bola parada resolveram o encontro. Numa partida típica de pré-época, alguns "picos" mas nem sempre bem jogada, com um resultado que não espelha na totalidade o que se passou em campo (o conjunto do Restelo foi melhor no 2º tempo e teve mais oportunidades durante os 90') e que em termos individuais, evidenciou essencialmente, além dos golaços de Wilson (grande remate de 1ª) e André Martins (de livre directo), as más prestações de Geraldes, Paulo Oliveira, Montero e Capel

Quanto ao jogo, o clube leonino apresentou alguma inércia nos primeiros 25 minutos, o Belenenses nesse período por intermédio de Deyverson até desperdiçou uma oportunidade clara, mas depois de um remate em arco de Carrillo aos 26 minutos despertou. Praticamente no lance seguinte, Wilson na sequência de um canto inaugurou o marcador com um belo remate de 1ª primeira. E passado 3 minutos André Martins num livre directo fez o 2-0. Até ao fim da 1ª parte, o clube leonino continuou a dominar e tinha a partida controlada. No 2º tempo, apesar das alterações, os leões deram sequência aos últimos 20 minutos na 1ª parte, João Mário criou algumas situações ofensivas, mas depois do minuto 55 o Sporting desapareceu e acabaram o jogo a sofrer. Os azuis do Restelo dominaram, criaram várias oportunidades de golo, mas só por uma vez, e curiosamente com um autogolo de Geraldes, conseguiram bater Boeck.

Belenenses - Duas partes distintas, no 1º tempo um 11 muito ofensivo nunca conseguiu ter segurança no jogo, mas na 2ª parte, com as alterações (Lito deu mais músculo ao meio campo), os azuis conseguiram superiorizar-se ao Sporting e até mereciam outro resultado. No entanto, nos 2 tempos de jogo houve o mesmo protagonista, Deyverson. O avançado desperdiçou a melhor oportunidade na 1ª parte, ainda fez mais 2 remates perigosos, e no 2º tempo foi novamente o elemento mais activo no ataque (criou muitas dificuldades à defesa do Sporting).

Sporting - Esperava-se um pouco mais. A amostra frente à selecção dos Açores já tinha sido fraca e hoje voltou a ser insuficiente. Futebol pobre durante largos minutos (só entre o minuto 25 e 55 os leões conseguiram controlar), praticamente nenhuma oportunidade de golo, e isto quase com a equipa do ano passado, o que não é de todo um bom sinal (Marco Silva alinhou com Marcelo, Cédric, Dier, Maurício, Jefferson, Rosell, Adrien, A.Martins, Wilson Eduardo, Carrillo e Montero). Mas estamos na pré-época, e independentemente dos resultados estes jogos servem essencialmente para os treinadores incutirem as suas ideias (Marco Silva tem tempo para melhorar os processos) e para os jogadores marcarem pontos. E nesta espécie de "caderneta" foi evidente que elementos como Montero (completamente desaparecido do jogo), Paulo Oliveira (2/3 erros básicos), Geraldes/Cédric (nenhum dos 2 acrescentou o necessário, mas o ex-Belenenses demonstrou mais debilidades no momento defensivo), e Mané/Capel (exibições muito pobres), não marcaram pontos. Por outro lado, João Mário (vários lances tecnicamente de grande nível), Dier (não se consegue perceber como é suplente de Maurício e por muitos colocado ao nível de Paulo Oliveira, já que é tremendamente superior), e Carrillo (os melhores momentos do Sporting no 1º tempo passaram pelos seus pés) acumularam alguma pontuação. Nota ainda para Slavchev, tentou impor o físico no meio campo mas depois de uns bons minutos iniciais foi engolido pela apatia da equipa (Tanaka teve o mesmo problema).

Rúben Semedo - Voltou a ser aposta a médio defensivo e cumpriu. Já em Toulon tinha demonstrado capacidade para fazer o lugar, e hoje com a sua capacidade física e técnica (tem muita qualidade de passe) evidenciou-se. Nem sempre decidiu bem, continua a cometer alguns erros de concentração (faz parte), mas não teve uma prestação inferior à de Rosell (o espanhol revelou alguma lentidão em algumas abordagens, e apesar de ter beneficiado de um meio campo mais rotinado escondeu-se demasiado do jogo, resguardou-se e optou sempre pelas soluções mais simples). Resta saber, se é uma aposta para continuar ou se é apenas fruto da ausência de William.

Wilson/André Martins - O Sporting versão 2014-15 que projectámos não incluía os autores dos golos frente ao Belenenses (como não incluiu Capel, Heldon, etc,). Mantemos a ideia que não apresentam o suficiente para figurarem numa equipa que ambiciona ser campeã (hoje João Mário a espaços até ofereceu mais à equipa que Martins). Mas as pré-épocas tem este poder e o facto de terem marcado, principalmente quando tem como base exibições colectivas fracas, contribui para acumularem os pontos necessários aos olhos do treinador, e dos próprios adeptos, para subirem a cotação interna. 

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