Muito Sporting para tão pouco Benfica; Leões superiorizaram-se na final e repetiram o triunfo na Taça de Honra; Montero esteve em destaque (melhor jogo em 2014); Carrillo e a dupla Maurício-Dier com nota muita positiva; Capel correu muito mas definiu sempre mal; Nas águias, Luís Felipe voltou a demonstrar pouco; Cardozo na frente foi uma nulidade (Lima também não fez melhor); Meio campo foi demasiado inferior ao do rival (Talisca apareceu menos, João Teixeira cometeu um erro que desequilibrou o encontro); Jardel e Ola John foram os únicos a marcar pontos

Benfica 0-1 Sporting (André Martins 42´)

O Sporting conquistou a Taça de Honra da AF de Lisboa (bicampeões), depois de bater o Benfica por 1-0. O triunfo foi justo e curto para as oportunidades de golo que os leões criaram ao longo dos 90 minutos. Com uma outra eficácia, o Sporting tinha conseguido uma vitória mais gorda, enquanto o Benfica foi incapaz de colocar Marcelo Boeck à prova. Montero esteve em destaque (melhor jogo em 2014), tal como Carrillo e a dupla Maurício-Dier (muita segurança). Pela negativa, Capel correu muito, mas definiu sempre mal. Nas águias, Luís Felipe voltou a demonstrar pouco, tal como Cardozo (uma nulidade, mas Lima também não fez melhor). O meio campo foi demasiado inferior ao do rival, com Talisca a aparecer menos e João Teixeira a cometer um erro decisivo, enquanto Jardel e Ola John foram os únicos a marcar pontos.

Os leões entraram forte no encontro, com André Martins a obrigar Artur a defesa difícil para canto. Pouco tempo depois, foi Montero a tentar visar a baliza encarnada por duas ocasiões (cabeceamento e remate ao lado). O Benfica teve mais posse de bola no primeiro tempo, mas apenas por uma vez conseguiu assustar Boeck (remate de longe, de Luís Felipe). O Sporting voltou a ficar perto do golo, num remate de Carrillo ao poste, antes de André Martins marcar o único golo da partida. Perda de bola infantil de João Teixeira, cruzamento de Carrillo e desvio certeiro do médio leonino. No início do segundo o Sporting voltou a ficar perto do golo. Adrien voltou a testar Artur (defesa para canto), enquanto Montero, isolado por Adrien, tentou um chapéu ao brasileiro, que saiu curto (defesa de Artur). O jogo foi perdendo qualidade com as substituições, enquanto o Benfica fez muitos cruzamentos para a área (sem perigo) e Slavchev desperdiçou a melhor oportunidade da fase final do encontro (remate para fora).

Sporting - Do 8 ao 80, tendo como comparação o jogo frente ao Belenenses. Os leões hoje apresentaram outra qualidade na posse de bola (também foram mais rápidos na circulação da mesma), foram mais intensos, e principalmente tiveram um volume ofensivo mais próximo dos patamares de uma equipa "grande" (a defesa, também por mérito do trabalho dos médios, foi igualmente competente). E a vitória é incontestável, aliás com outro poder de finalização e principalmente na definição (depois do desequilíbrio houve alguns erros, principalmente quando a bola chegava a Capel) o triunfo teria sido bem mais volumoso. A nível individual, Montero realizou uma excelente exibição (de longe a melhor nos últimos 6 meses). A jogar bem entre-linhas, forte na construção, a soltar e a envolver-se muito com o jogo, pecou foi na finalização (em 2/3 lances podia ter feito melhor); Carrillo (criou muitos desequilíbrios, ainda atirou ao poste e foi sempre uma dor de cabeça para a defesa encarnada), e a dupla Dier-Maurício (muita segurança) estiveram em destaque. Mas basicamente, foi uma exibição positiva de quase todos os elementos, Rosell e Adrien funcionaram bem no meio campo (o português enquanto teve "pernas" foi das principais unidades em campo), André Martins voltou a marcar (apesar de ter ficado mais uma vez a ideia que João Mário oferece mais qualidade na posse) e Boeck quando foi chamado a intervir disse presente. O único ponto negativo foi mesmo Capel. Incrível a falta de qualidade do espanhol no momento de definir (o ala correu muito, criou alguns desequilíbrios, mas com o seu característico jogar com o nariz ao pé da ponta da chuteira, não deu sequência a nenhum lance). Nota final para Shikabala e Gauld, que surpreendentemente não tiveram direito a minutos nesta Taça de Honra.

Benfica - Um teste negativo para os encarnados (ou positivo para Jorge Jesus eliminar algumas opções), que revelaram grande incapacidade em chegar à baliza do Sporting. O sector mais recuado passou por dificuldades, enquanto o meio campo não teve "pedalada" para Adrien e companhia. O ataque foi inexistente. A nível individual, destacam-se duas exibições positivas de Jardel e Ola John. O extremo holandês voltou a criar desequilíbrios e a mostrar uma atitude competitiva diferente da do ano passado, enquanto o defesa central esteve seguro e quer ser o substituto de Garay no 11. Pela negativa, Luís Felipe, até agora, tem sido um erro de casting (mostra muitas semelhanças com Patric), Cardozo está ao nível da segunda metade de 2013-14 e Benito sentiu muitas dificuldades perante um extremo com outra qualidade (para além de não ter acrescentado nada no ataque). Lima e Gaitán, dois dos elementos mais importantes do Benfica, estiveram em noite não, com poucos desequilíbrios e sem critério na hora de definir. Talisca e João Teixeira começaram bem o encontro, mas foram-se perdendo em erros individuais (o jovem português teve responsabilidades no golo) e acabaram engolidos pelo meio campo leonino (o brasileiro ainda não conseguiu mostrar as suas qualidades nas bolas paradas). César passou por grandes dificuldades perante Montero, enquanto Artur mostrou-se seguro entre os postes.

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