O grupo G está perfeitamente ao alcance da selecção portuguesa. A grande dúvida é perceber qual será a condição de Ronaldo, mas, mesmo que o melhor do mundo não esteja ao seu melhor nível, só a sua presença já faz diferença. Temos uma dupla de centrais muito segura, um lateral-esquerdo que cria bastantes desequilíbrios e um meio campo consistente, onde apenas falta um elemento mais criativo. No ataque, Nani chega a este Mundial com fome de bola e pode ser o nosso "Ás". Em princípio, os comandados de Paulo Bento discutirão o apuramento com o Gana. Os africanos têm uma selecção muito madura, evoluída tacticamente e com vários jogadores com muita experiência a actuar na Europa. Uma equipa que joga a toda a largura do campo - Asamoah, pelo lado esquerdo, é uma das principais figuras -, o meio campo é muito poderoso fisicamente - Boateng é um médio que chega com facilidade à área contrária - e no ataque há muita mobilidade, com os irmãos Ayew, Gyan e o bem conhecido Atsu. Os EUA não devem ser excluídos, mas em teoria são a selecção mais fraca do grupo. É certo que têm vários jogadores de qualidade (Altidore, Bradley, Dempsey), mas continuam a ser inferiores a todas as equipas do grupo. De referir que Klinsmann deixou Landon Donovan de fora, uma decisão surpreendente. No que diz respeito à selecção alemã, é a principal favorita no grupo e uma das grandes candidatas ao título. No entanto, tem alguns problemas - relacionados com dificuldades físicas de alguns elementos fundamentais (Lahm, Schweinsteiger) - por resolver. Ainda assim, há muitas e boas opções, especialmente do meio campo para a frente. Há algumas ausências no sector intermédio (Gundogan, irmãos Bender) e Khedira não deverá estar nas melhores condições, pelo que Kroos terá de assumir maior responsabilidade. No ataque, apesar da baixa de Reus, também há muitas soluções, como Müller, Götze, Özil, Podolski ou Schürrle, no entanto a ausência de uma verdadeira referência (Klose, com 36 anos, deve jogar pouco), pode ser um problema.