Argentina vence, mas não convence; Sabella inventou, Messi quebrou o jejum e marcou o segundo golo em 3 três Mundiais

Argentina 2-1 Bósnia-Herzegovina (Kolasinac 3' p.b. e Messi 64'; Ibisevic 84')

Esperava-se mais da Argentina, futebol pouco fluído e um caudal ofensivo insuficiente, mas o objectivo foi cumprido e com a vitória por 2-1 frente à Bósnia, na teoria o principal adversário no grupo, a Albiceleste não deve ter problemas em marcar presença nos oitavos-de-final.

Encontro pouco espectacular, que começou logo com um auto-golo de Kolasinac aos 3 minutos (na sequência de um livre depois de um desvio de Rojo meteu a bola na própria baliza), e sem grandes destaques na 1ª parte. Lulic, o mais irreverente do conjunto Bósnio, podia ter empatado na sequência de um canto mas Romero fez uma excelente defesa. No 2º tempo, o jogo mudou um pouco, Sabella, que tinha apostado numa táctica de 3 centrais voltou ao plano A e colocou Higuain na frente (juntou-se a Aguero e Messi) e Gago no meio campo, e os argentinos tiveram um pouco mais de dinâmica, Messi com o seu transporte de bola ia criando alguns desequilíbrios, e numa jogada individual fez mesmo o 2-0 (golo típico do craque do Barcelona a fazer uma incursão da direita para o centro e meter a bola no canto esquerdo). O resultado parecia feito, mas a Bósnia ainda assustou a Albiceleste, quando Ibisevic bem desmarcado reduziu. No entanto, até final, os bósnios não voltaram a incomodar Romero.

Messi - Péssima 1ª parte, incrível a sucessão de lances em que exagerou na acção individual e perdeu a bola. No 2º tempo com a alteração táctica melhorou, mas o que aliviou o craque do Barça foi mesmo o golo. O Nº10 tinha ficado em branco em 2010, e em 2006 só tinha facturado nos 6-0 à Sérvia. Com o tento, soltou-se mais, criou ainda mais desequilíbrios, e apesar de não ter feito uma super-exibição foi a principal unidade da Argentina.

Argentina - Sabella, certamente deslumbrado pelo sucesso da Holanda e Costa Rica, apostou numa táctica com 3 centrais mas falhou por completo. A equipa esteve sempre muito partida (enorme vazio no meio campo), a dinâmica ofensiva foi quase inexistente, e o futebol pobre na 1ª parte obrigou a uma revolução ao intervalo, mesmo com a vantagem da Albiceleste no marcador. Na 2ª parte, já se viu um pouco mais do que esta Argentina pode fazer no Mundial, mas caso queira vencer a competição tem de melhorar muito o futebol. A intensidade, dinâmica, caudal ofensivo, tem de multiplicar. A nível individual, destaque para as presenças de Rojo (se a lateral já rende menos, então a lateral num esquema de 3 centrais em que se exige mais presença no momento ofensivo, é um elemento completamente vulgar) e Garay no 11 inicial. Mas a surpresa mesmo foi a aposta no veterano Maxi Rodriguez (nem se deu pela presença dele). Na frente, Aguero e Di Maria foram mais esforçados que produtivos.

Bósnia -  Jogo de estreia numa competição internacional e não podia começar pior. Um auto-golo aos 3 minutos frente a um dos 4 candidatos ao título condiciona qualquer estratégia, mesmo assim a resposta na 1ª parte foi positiva. Pjanic e Misimovic acrescentaram técnica ao jogo, Lulic apareceu algumas vezes em zonas de finalização. E ao intervalo o resultado era injusto. No entanto no 2º tempo o nível caiu um pouco. os médios tiveram menos bola e a equipa nunca conseguiu alimentar a sua referência, Dzeko. 

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