Portugal falha final do torneio de Toulon; Só 10 minutos foi curto

A selecção nacional foi muito inferior à França durante 70 minutos, reagiu nos últimos 10 (a entrada de Iuri Medeiros, adaptação de Hélder Costa e saída de Bahebeck ajudaram) mas já não foi a tempo de carimbar a passagem para a final.

Portugal, que só precisava de um empate para chegar à final, perdeu por 2-1 frente à França no último jogo da fase de grupos do Torneio de Toulon e vai ter de contentar-se com o encontro que decide quem fica em 3º. A equipa anfitriã colocou-se em vantagem aos 35 minutos, por intermédio de Sarr (Rabiot fez a assistência quando estava em fora-de-jogo) e ampliou o marcador aos 61 minutos, com Hadi Sacko a aproveitar uma grande penalidade cometida por Bruno Varela (depois de uma falha grave da dupla de centrais de Portugal). Vezo ainda reduziu no minuto 69 na sequência de um canto, mas apesar dos portugueses terem forçado nos últimos 10 minutos o 2-2 não chegou. Destaques: Partida fraca da selecção nacional (até ao minuto 68 praticamente não chegou à baliza da França), cedo demonstrou que estava a jogar para o empate (linhas muito recuadas), e apesar do árbitro também não ter ajudado (muito caseiro e com várias decisões erradas) ficou claro que os gauleses tinham outros argumentos (Rabiot dominou no meio campo e na frente Sacko e Bahebeck foram sempre uma dor de cabeça para a nossa defesa). É certo que nos últimos 10 minutos tivemos algumas situações para finalizar (as alterações contribuíram para isso, e até deixaram a ideia que era possível castigar mais o débil sector defensivo dos gauleses), mas foi tudo mais com o coração. A nível individual, Bruno Fernandes (visivelmente cansado) foi a unidade menos. Não acrescentou o que se pedia, esteve pouco em jogo e quando apareceu decidiu quase sempre mal (algo que condicionou bastante o nosso jogo); Ricardo Horta foi dos mais interventivos, mas Sturgeon na frente não resultou; Na defesa Floro esteve mal, Cancelo continua inconstante, enquanto que a dupla Tobias-Vezo, apesar de não terem ficado bem na fotografia no lance do 2-0, continuam a dar boas perspectivas de futuro (será estranho se o central do Sporting continuar a ser empurrado para clubes da III divisão). No entanto, os 3 casos mais peculiares foram: Helder Costa (apenas uma iniciativa de nível na frente mas nos últimos 10 minutos esteve em destaque quando passou a jogar a lateral esquerdo); Iuri Medeiros (esteve no 1º golo, podia ter feito o empate, e claramente mexeu com a partida...muita técnica, fez um passe excepcional para Horta, mas também alguma vaidade exagerada em alguns momentos); e Ruben Semedo (muita displicência, algumas perdas de bola infantis, um desses lances contribuiu para o 1º golo da França, mas dá sempre a ideia que é um jogador que tem um potencial invulgar. Não é normal um jogador com a sua altura e força ter tanta mobilidade, por outro lado tecnicamente é notório que tem margem para evoluir, o problema é que acredita demasiado na sua capacidade e depois inventa em demasia, algo que com os jogos poderá corrigir). 

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