Sporting apresenta-se aos sócios com uma vitória frente ao 4º classificado da La Liga; William (que sentou Rinaudo), Maurício e Adrien destacaram-se pela positiva, Cissé e Labyad pela negativa; Leões tiveram pouco volume ofensivo, mas disponibilidade física, coesão e atitude convenceram

Sporting 2-0 Real Sociedad (Maurício 21' e Adrien 55')

O Sporting deu continuidade aos resultados positivos na pré-época com uma vitória diante da Real Sociedad (4ª classificada da última La Liga), no jogo que serviu de apresentação aos sócios. Encontro que teve como principais destaques as boas exibições de Patrício (várias defesas de bom nível), Dier ("patrão" dos leões), Maurício (marcou de cabeça na sequência de uma bola parada e defensivamente impôs a sua agressividade), Adrien (golaço, remate ao ângulo à entrada da área, e importante na circulação de bola, um pouco à imagem do final da época passada) e principalmente William, o médio defensivo (há muito que o Sporting precisa de um trinco com este perfil, Rinaudo nunca deu aos leões o que um "grande" precisa, vamos ver se o angolano se afirma) dominou a sua área de acção e além da capacidade defensiva acrescentou critério no passe e decisão.

Pela negativa nota para o pouco volume ofensivo dos leões (só uma oportunidade clara de golo, aliás as melhores oportunidades pertenceram à Real Sociedad), alguns erros defensivos (quase sempre do lado direito, Cédric deu sempre muito espaço) e individualmente para as exibições de Labyad (displicente e apagado) e Cissé (praticamente não tocou na bola e nunca se deu ao jogo). Falta a este Sporting na frente a capacidade de desequilíbrio de Bruma, um Carrillo diferente (o peruano entrou na 2ª parte mas também pouco acrescentou) e um verdadeiro ponta-de-lança. No que diz respeito ao colectivo (vitória que dá moral, ainda para mais pela tranquilidade com que foi conseguida e frente a um adversário que mesmo não contando com algumas das principais figurais tem qualidade), foi uma equipa solidária, que demonstrou uma capacidade física interessante para esta fase da época (algo que tem sido uma das lacunas dos leões), coesa, com atitude e a procurar sempre ter algum critério na saída de bola, fazer uma boa circulação da mesma (o trio no meio campo, William, Adrien e André Martins foi importante nesse objectivo) e com intensidade defensiva na frente (boa pressão sobre a defesa contrária). Jardim fez alinhar: Patrício; Cedric, Maurício, Dier e Jefferson (melhor no ataque que na defesa); William, André Martins (excelentes pormenores, mas fisicamente continua a ser jogador de 60m o que é grave) e Adrien; Capel (melhor que os seus colegas de ataque, também não era dificil, mas longe de deslumbrar), Labyad e Cissé. E na 2ª parte colocou Esgaio, Fokobo, Wilson, João Mário, Boeck, Rinaudo, Carrillo e ainda promoveu a estreia de Montero (não deu para tirar ilações nos 18 minutos que esteve em campo).

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