Lima, Rodrigo, Gaitán, Salvio, Ola John, Cardozo, Djuricic, Sulejmani e...
Lazar Marković. A qualidade/quantidade de opções que o Benfica apresenta no ataque impressiona.
Mas, no contexto actual, será possível ter um elenco em 2013-14 com todos estes nomes (os encarnados já demonstraram ambição de ir longe na LC)? Ou alguém terá de sair?
Numa transacção com contornos semelhantes à de Ola John, auxiliada por um fundo de investimento, o Benfica garantiu a contratação de
Lazar Markovic, noticia que o VM já tinha dado conta em Janeiro (
ler aqui). O internacional AA pela Sérvia de apenas 19 anos, grande estrela do Partizan e campeonato sérvio, assinou um contrato válido para as próximas 5 épocas e chega à Luz por 10 milhões de euros. Está assim encontrado o 6º reforço dos encarnados para 2013-14, curiosamente o 5º sérvio depois de
Uros Matic (irmão de Nemanja Matic, e ex-Kosice),
Djuricic (
ler aqui),
Sulejmani (
ler aqui), e
Mitrovic (
ler aqui), a que se junta o paraguaio
Rojas (
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VM - É um dos jovens jogadores mais entusiasmantes da actualidade, um autêntico craque (figurou na nossa lista das principais promessas do momento,
ler aqui), e não surpreende que apesar de ter apenas 19 anos (na teoria seria ainda júnior) já seja titular na selecção principal (aliás desde os 17 que é a principal referência do Partizan e do campeonato sérvio). Um jogador com um talento incrível e que consegue fruto da sua velocidade, qualidade técnica, e capacidade de assumir o jogo, ser uma mais-valia a extremo ou como 2º avançado. A questão em relação ao sérvio é perceber como se irá adaptar a uma nova realidade (está habituado a lidar com a pressão mas o futebol na Sérvia é diferente) e se terá espaço (pelo menos numa perspectiva de curto prazo). É que, apesar de sermos apologistas de que a qualidade nunca é demais (vincamos isso nas contratações de Salvio e Lima), começa a ser complicado perceber como é o Benfica vai gerir a utilização de todas estas opções ofensivas: Lima, Rodrigo, Gaitán, Salvio, Ola John, Cardozo, Djuricic, Sulejmani e Lazar Marković, isto ignorando outros elementos com contrato como Rojas, Oliveira, Kardec e Nolito. Uma das soluções pode passar pela transferência de alguns jogadores (e já nem contamos com as possíveis saídas de Aimar e Martins), mas neste capítulo também será complicado perceber aquilo que o Benfica pretende: para ser campeão e ir à final da LC (objectivo já manifestado pelas águias), os encarnados não se podem dar ao luxo de deixar sair determinados elementos (Salvio, Lima, Cardozo, é que mesmo havendo opções, estes tem a vantagem do conhecimento da nossa Liga e de apresentar uma maturidade competitiva diferente). Posto isto, quatro notas:
1ª - Os 10 milhões parecem exagerados para a realidade portuguesa, mas dado o potencial do jogador e tudo o que está inerente à contratação: salário mais convidativo, ajuda de um fundo, e forte cobiça de emblemas como o Inter ou Chelsea, acaba por se compreender;
2ª - mais uma vez elogiar a política de contratações dos encarnados, jogar em antecipação é importante no contexto actual, e ter já o plantel praticamente definido para a próxima época demonstra trabalho;
3ª - 5 sérvios (com Matic 6), parece um exagero, mas é uma consequência da necessidade dos clubes portugueses procurarem novos mercados (holandês, belga, mexicano, sérvio), por outro lado, a Sérvia sempre apresentou jogadores muito acima da média;
4ª - Algum mérito de Matic mas esta vontade clara de jovens talentos (sérvios mas não só) de rumar à Luz (um pouco como acontece no Porto) é uma consequência das vendas de Ramires, Coentrão, David Luiz, Javi Garcia, etc. Os jogadores sabem que ao chegar ao Benfica, em caso de afirmação, estão mais próximos de rumar a um grande da Europa, uma arma que os encarnados cada vez mais utilizam quando tentam contratar alguém, por outro lado, os mesmos sentem que ao passar pela nossa Liga ganham a maturidade e competitividade necessária para depois vingarem mais facilmente nos principais campeonatos (começam a perceber que é um erro saltar logo para um grande e depois ficar eternamente no esquecimento devido à falta de adaptação).
