Craques do Futuro II: Paulo Dybala (11º)

Nos últimos anos, o Palermo trouxe para a Europa vários talentos sul americanos, que tiveram ou têm tido a sua evolução na Sicília. O nome mais sonante foi Javier Pastore, mas agora é outro argentino que vai brilhando: Paulo Dybala. Aquando da sua contratação (foi adquirido a um grupo de empresários), o presidente do emblema onde actua Miccoli afirmou que tinha contratado o novo Sergio Agüero (pela ascensão rápida e pelas semelhanças físicas), rótulo que diz bem da qualidade do jovem.

Estreou-se na época passada como profissional, ao serviço do Instituto na segunda divisão argentina (o clube esteve quase sempre em primeiro mas acabou por cair para terceiro na recta final), onde se destacou com 17 golos (bateu vários recordes que pertenciam ao histórico Mario Kempes: marcar em seis partidas consecutivas, dois hat-tricks numa competição oficial...) e chamou a atenção de todos os colossos europeus, entre eles o Porto e o Benfica. Trata-se de um avançado bastante completo, versátil, que pode actuar nas alas ou como referência ofensiva, sempre de olhos postos na baliza contrária (o que não o impede de ter um bom poder de decisão). No Palermo, onde soma apenas 2 golos, tem sido quase sempre titular, formando uma dupla perigosa com o bem conhecido Fabrizio Micolli. O argentino tem uma técnica e velocidade de execução incrível nos corredores laterais, mas é letal dentro da grande área, finalizando bem com os dois pés e com a cabeça (tem 1,77). Dybala parece reunir todas as características para ser uma das figuras do futebol argentino nos próximos anos, embora a concorrência no ataque seja feroz. A Juventus e o Inter querem "La Joya" já em Janeiro, mas tendo em conta que o Palermo é um clube que habitualmente vende caro, parece pouco provável que o craque se mude a meio da época. Até onde poderá chegar o avançado? Face às opções no ataque argentino, poderá ser figura na selecção? Como se explica que nos últimos anos surjam menos talentos no país das Pampas? 

PS - Os últimos anos não têm trazido grandes craques ao futebol argentino. Entre os que poderão lá chegar, estão claramente Lucas Ocampos, extremo desequilibrador do Mónaco, Adrián Centurión, que tem sido apontado a Porto e Benfica, jogador criativo que actua sobre as alas, e também Leandro Paredes, organizador de jogo do Boca que é comparado a Riquelme. 

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