Sporting: o exemplo de um bom defeso! Intervenções precisas ao mercado (gastou o que tinha...não se pode comprar goleadores, avançados, craques, etc, sem dinheiro), diminui as despesas (fez sair alguns activos com salários insuportáveis), encurtou o plantel (23 elementos é o nº ideal) e criou uma base para a curto-prazo ter uma ligação efectiva com a equipa B (algo que tem de ser obrigatoriamente a solução para o futebol português)

Nota: os clubes têm de ser sustentáveis, não podem gastar o que não têm, necessitam de diminuir as despesas e criar condições para potenciar os elementos da formação. Princípios óbvios e cada vez mais urgentes no futebol actual. Tendo em conta esta base fundamental, a abordagem do Sporting ao mercado foi bastante inteligente e até funciona como um exemplo para o futuro (cada vez mais as equipas portuguesas têm de dar especial atenção a estes princípios). 

Sá Pinto tem ao seu dispor 23 jogadores, pelo menos dois por posição (com tanta polivalência praticamente todos os lugares tem muitas soluções), que é o número adequado para permitir uma ligação eficaz com a equipa B. A posição de avançado é a que apresenta menos alternativas, mas 2 avançados (Viola foi contratado para esta posição, mas poderá ser utilizado nas alas) são claramente suficientes para atacar a época (Real ignorando Morata, Tottenham, FC Porto, etc, também só tem 2 dianteiros, o Barcelona nem tem nenhum avançado centro, e como tal, para equipas que só jogam com um elemento na frente é um número perfeitamente normal. Por outro lado, os leões não tem capacidade para contratar goleadores). Em termos de contratações, o emblema de Alvalade fez apenas os ajustes necessários (não entrou em loucuras), conseguindo juntar ao seu elenco nomes como Boulahrouz, Pranjic, Labyad, Viola e Rojo (apenas investindo directamente nos 2 argentinos). A nível de saídas pareceu evidente que a ideia passou por vender activos em situações contratuais particulares (Matias) e principalmente diminuir a folha salarial (Polga e Onyewu). Em suma....

...Considerando as conhecidas dificuldades financeiras do clube leonino e a necessidade de equilibrar as contas, manter a filosofia do emblema de Alvalade - é fundamental ter sempre elementos da formação no plantel e de preferência ter uma plataforma que permita a entrada de novos jogadores da Academia no elenco principal, algo que até é imposto pelos próprios adeptos - este defeso do Sporting foi um bom exemplo de gestão. A valia do elenco é claramente inferior à dos rivais, os orçamentos também são em tudo distintos (o Sporting enquanto não marcar presença na LC e conseguir vender activos por mais de 20 milhões não vai conseguir encurtar as diferenças...aliás o capítulo das vendas continua a ser o principal problema dos leões, é clara a dificuldade em fazer bons encaixes e colocar jogadores), mas dentro das possibilidades do clube leonino a política adoptada foi a ideal.

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