Liga Zon-Sagres 2012-13: Benfica, Porto e Sporting são as equipas com menos portugueses na I Liga (os encarnados só tem 4); Braga tem 10 jogadores nacionais e 10 brasileiros (Marítimo, Gil Vicente, Benfica e Porto tem mais brasileiros que portugueses); Setúbal, Paços, Beira-Mar e Olhanense são os bons exemplos com maioria de elementos lusos; Leões, Académica e Nacional apresentam plantéis com 10 nacionalidades diferentes

Com o mercado e os plantéis fechados, já se podem retirar algumas ilações dos jogadores que os 16 treinadores portugueses terão à sua disposição. Em relação ao ano passado, o número de jogadores portugueses estabilizou (passou de 184 para 177, mas se acrescentarmos a margem de erro, o número será semelhante), enquanto que o contingente brasileiro diminuiu (passou de 142 para 123 jogadores). Dos 408 jogadores inscritos na Liga de Clubes, 43% são portugueses (177), enquanto 30% são brasileiros (123). A Argentina tem 13 representantes na Liga ZON-Sagres (mais 1 que em 2011-12) e Cabo Verde segue na 4ª posição, com apenas 8 elementos (o ano passado, jogavam 13 cabo-verdianos na Liga Portuguesa). Quatro equipas têm mais brasileiros que portugueses (FC Porto, Benfica, Marítimo e Gil Vicente), sendo que no Benfica, os portugueses representam apenas a 3ª força (atrás dos brasileiros e argentinos). O Sp. Braga tem 10 portugueses e 10 brasileiros. Os três grandes nacionais nem chegam aos 30% de elementos portugueses no plantel principal, mas com a entrada em acção das equipas B, esperamos que esta tendência mude.

Percentagem de portugueses nos plantéis:

Vit. Setúbal – 63.3%
Paços de Ferreira – 58.3%
Beira-Mar – 57.7%
Olhanense – 55.6%
Estoril – 50.0%
Moreirense – 48.0%
Vit. Guimarães – 47.6%
Académica – 44.4%
Rio Ave – 44.4%
Sp. Braga – 41.7%
Nacional – 40.0%
Gil Vicente – 34.5%
Marítimo – 30.4%
Sporting – 26.1%
FC Porto – 25.0%
Benfica – 18.2%

Destaque positivo para o Vit. Setúbal, Paços de Ferreira, Beira-Mar e Olhanense, todos clubes com maioria de jogadores portugueses (o Estoril está 50/50, enquanto Moreirense e Vit. Guimarães estão perto da maioria nacional). Curiosamente, os candidatos ao título, mais os candidatos à Liga Europa, apresentam todos uma minoria de jogadores portugueses. Será que isto significa que para chegar longe na Liga, os clubes terão que apostar no estrangeiro? Ou simplesmente, porque têm mais dinheiro, estes clubes conseguem contratar melhores jogador lá fora?

Como curiosidade, os 16 clubes têm jogadores de 47 países (mais 2 que em 2011-12), sendo que o Sporting, Académica e Nacional são os clubes mais universais, com 10 nacionalidades, enquanto que o Moreirense só apresenta 4 nacionalidades no plantel.

Por país/região/continente:
Portugal - 177 (43.4%)
Brasil - 123 (30.1%)
África - 45 (11.0%)
América - 31 (7.6%)
Europa - 27 (6.6%)
Outros - 5 (1.2%)

Como se explica que apenas 4 equipas tenham uma maioria de jogadores portugueses na Liga principal? Até que ponto esta situação pode afectar a selecção nacional a médio-prazo? É urgente implementar novas medidas para dar mais espaço ao jogador nacional (como estas que o VM sugere, ler aqui)? Que ilações tira destes dados? Estará a Liga portuguesa mais forte com esta política de aposta em massa no jogador estrangeiro? Até que ponto isto afecta a sustentabilidade dos clubes?

Etiquetas: